Formação em Contexto Empresarial: e se não saltássemos etapas?

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Ana Bela Cabral

E se não saltássemos etapas?

Alguns dias após a aprovação, pelo Grupo Parlamentar de Alterações à Lei Laboral, da passagem de 35 para 40 horas de formação obrigatórias a atribuir aos trabalhadores por ano (formação em contexto empresarial), dou por mim a refletir sobre esta formação que é “dada” aos trabalhadores e a pensar qual seria o desfecho se não se saltassem as etapas da sua planificação.

De um modo resumido, diria que as etapas da planificação da formação em contexto empresarial passam por:

  • Realizar o levantamento de necessidades formativas junto dos colaboradores da empresa;
  • Avaliar o estado em que se encontram relativamente à(s) necessidade(s) identificada(s);
  • Selecionar criteriosamente uma entidade formadora certificada;
  • Fazer o follow-up da(s) ação(ões) em curso, recolhendo o feedback dos Formandos;
  • Aplicar, recolher e analisar formulários de avaliação da qualidade formativa;
  • Operacionalizar procedimentos que permitam à empresa medir a transferência da formação disponibilizada nas tarefas e funções do colaborador.

Muito haveria a dizer sobre cada uma dessas etapas, mas, como quase sempre acontece comigo, é o que se faz a montante que mais me preocupa. Vou, por isso, debruçar-me sobre o levantamento de necessidades formativas.

Na maioria das vezes, quando as empresas nos consultam para apresentarmos uma solução de formação, esse levantamento já se encontra realizado, isto é, os colaboradores já foram auscultados (com frequência, através de um inquérito) sobre as suas necessidades individuais. Conhecemos bem os desafios organizacionais (sobretudo de agenda) que as empresas têm de enfrentar e compreendemos a aplicação do inquérito e a leitura generalizada que dele se faz. Segue-se a consulta ao mercado.

Sinergia no Levantamento de Necessidades Formativas

Contudo, na Eleva, somos da opinião que a nossa intervenção, enquanto “fornecedores de formação”, deveria chegar mais cedo. Melhor: acreditamos que, mais do que um simples fornecedor, podemos ser um parceiro de negócio e ajudar a “apurar” os resultados obtidos, fazendo uma triagem mais fina e reorientando conclusões tiradas.

O que propomos é que seja levado a cabo um novo levantamento, desta feita, conjunto (empresa / entidade formadora) que pode passar por entrevistas individuais (se exequível for) e pela aplicação de um novo inquérito, na perspetiva da entidade formadora.

Passo a ilustrar com um exemplo prático: o facto de a maioria dos colaboradores de uma empresa ter identificado a língua francesa como uma necessidade formativa, não significa que ela seja, efetivamente, uma necessidade formativa premente. Não basta identificar. É necessário quantificar e especificar. Se, nesse novo inquérito, aplicássemos algumas perguntas como “Numa escala de 0 a 10, avalie a sua necessidade de utilização da língua francesa no seu quotidiano profissional” ou “Dê alguns exemplos específicos de tarefas que tem de realizar, diariamente, utilizando a língua francesa”, estou convencida de que as decisões de ações a contratar seriam bem diferentes.

Na Eleva, acreditamos que esta intervenção conjunta pode beneficiar em muito as duas partes. Do lado da empresa, evitam-se a desmotivação do formando, o consequente absentismo (fora da sala de formação ou dentro dela…) e, sobretudo, a não-transferência de competências que deveriam ter sido apreendidas em formação e aplicadas, subsequentemente, em tarefas do colaborador.

 

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