Há dias, uma amiga minha que é esteticista contava-me que tinha feito uma formação fantástica de óleos essenciais, a 200 km de casa. A formação fora enriquecedora na medida em que tinha aprendido uma nova competência (como selecionar e aplicar óleos essenciais), mas algo dececionante na medida em que, de volta ao seu posto de trabalho, e passado mais de 1 ano, ainda não tinha aplicado o que aprendera.
Esta pequena história deu-me a ideia de escrever este artigo. Quantas horas de formação já terão sido desenvolvidas, sem que os conhecimentos aprendidos sejam efetivamente utilizados? O que motiva este desajustamento?
No caso da minha amiga, a formação foi indicada pela sua entidade patronal, muito provavelmente, com base numa ação promocional da entidade formadora ou motivada por uma tendência comercial.
Pergunto: se a entidade patronal tivesse perguntado às suas colaboradoras de que formação mais necessitavam, estaria a opção “óleos essenciais” entre as prioridades?
Acredito (quero acreditar…) que, na maioria das empresas, é levado a cabo o indispensável levantamento de necessidades formativas. Acredito também que os colaboradores em questão são devidamente consultados sobre as suas reais necessidades.
Estamos a falar do contexto empresarial, onde estas questões, em condições ideais, são salvaguardadas e devidamente estruturadas.
Mas, e os outros? Os trabalhadores independentes, os free-lancers, os empresários em nome individual? Ou aqueles que, trabalhando numa empresa, querem fazer formação “por conta própria”?
Também nesses casos, a fase de diagnóstico é de extrema importância, dado que vai acabar por condicionar as fases subsequentes do processo formativo, nomeadamente, a seleção da ação de formação, da modalidade e da entidade formadora.
Tal como sugere o IEFP, o diagnóstico de necessidades formativas pode ser orientado em 2 sentidos:
Embora esta classificação seja organizacional, também se aplica às necessidades individuais. Passo então a enumerar quais as etapas que deverás ter em conta para definires com clareza as tuas necessidades de formação.
Partindo da análise objetiva do teu desempenho real, analisando qual o desempenho desejado, identificando lacunas e competências a aprender, consolidar ou atualizar, e traçando o teu perfil de formando, conseguirás as informações de que necessitas para selecionar a entidade formadora que mais te convém.
Também na hora de escolher a formação que queres fazer, é importante teres sentido crítico de modo a não sentires que o teu tempo foi desperdiçado.
Diagnosticar necessidades de formação individuais em 4 passos: indispensável para o teu sucesso formativo!
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